Imagino que quem nunca foi ao Reino Unido ou nunca conheceu algo de sua culinária jamais tenha ouvido falar destes que são o meu novo vício: os scones. Eu mesma nunca tinha ouvido falar e, até recentemente, não tinha cedido à tentação de prová-los.
Foi numa tarde fria, nublada e tranquila que Osi sentou-se em minha companhia, servida de um original british tea e de um scone devidamente guarnecido, na ocasião, com geléia de damasco.
Se Renè Girard* está certo, eu não sei, mas que imediatamente senti vontade de imitá-la, comendo as mesmas coisas, é fato. É, talvez o desejo seja mesmo mimético... e, neste caso, melhor para mim!
Para minha surpresa o scone não tinha nada de óbvio: a massa extremamente macia e levemente salgada, compunha o contraponto ideal ao ser recheada com damascos.
Soube também que sua origem é escocesa e que se trata de um componente imprescindível do Devonshire tea - ou Cornish cream tea - conhecido entre nós como "o chá da tarde inglês", podendo ainda ser recheado com tâmaras ou passas ao rum.
Enfim, os scones são, para mim, uma grata surpresa e um "vício virtuoso", daqueles que não faz mal algum e só traz alegria.
* Renè Girard é filósofo, filólogo e historiador francês contemporâneo.
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